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I thought I had everything figured out.

Before the Race I thought I was in a good place. I had graduated with a psychology degree, I was in therapy for the last year, I had a good relationship with my family, friends, and church community. I was very pleased in how things were turning out.
I was in a good place spirituality, mentally and physically.
I had finally made peace with my self-esteem!

However, the Race started. I left home in May, and all of my securities and everything I thought I knew or that I thought I was, came down as a small snow ball that soon turned to be an avalanche.

But note dear reader, I didn’t even realize all of this stuff until now, at the mid point of the race.

It started little by little. First I felt so misplaced being the only Brazilian, I thought I was too different from everybody else. Then my self-esteem was hit because I stopped exercising and eating like I do back home. (When you have $3 USD per day for all of your meals is really hard to eat healthy, so you end up with starch ).

I felt so insecure in my world race community thinking I couldn’t be myself. I was too loud, too dramatic, too much for them. Even in how I express myself towards God, I thought it was too much, they couldn’t handle me.
I was holding back since the beginning.

Finally I’ve realized this last month, that I am used to being loved by everybody. It works. I always succeed in loving people and pleasing them. They always love me back and want to be my friend.

However things didn’t go as I expected on the Race. God allowed me to feel all of these emotions.
It broke me down.

After having situations with different teammates, It became known to me that a lot of my identity had been attached to my community and the place I was raised, and I needed to let it go and center my identity fully on God.

It was crystal clear that I am full of pride that is just a protection from my insecurities deeper down.

You see I didn’t know, but I am pretty private. I am an outgoing, extremely extrovert, super friendly, however I don’t open up easily, in fact it’s really hard to know me well.

Why?

Because deep down I am afraid of being rejected.

I am used to being the person everyone comes to for advice, not the one asking for it.

And it is easier. It is easier to close up and be independent.
However it’s definitely not what the Lord has for us.
He wants us to live in community and to grow from it.

I am afraid of needing people and being so close that it hurts, but I want to grow in community. I want to be fully secure in who I am in Christ.

I thought that to be a psychologist or even a world racer , I needed to be put together. Therefore now I know you can only be messy. I am a mess and it’s okay to go through this process and the Lord is revealing so much. And it won’t stop. I want to always be a mess because than you know it can only be God who works through you, despite of who you are.

I’m still learning so much about myself.
I’m trying to open up more and more to my team and my squad.
I’m trying to walk in freedom, and I know I can only do this with Him.
I’m glad God is making me to go through this process, so I can change and as I grow closer to people I will grow closer to HIM.

I still need to keep fundraising.
Thank you so much for all the donations that helped me until now.
In order to continue on this process I still need about $ 3.000.
If you want to,  you can make an online donation by click on the link  ‘support me’.
Thank you so much,
Love Piva.

Português

O medo de rejeição.

Eu pensava que tinha tudo sobre controle.

Antes do projeto começar, eu pensava estar em um lugar muito bom. Tinha terminado a faculdade, tinha feito terapia no último ano, estava em um bom relacionamento com minha família, amigos e a comunidade da minha igreja.
Estava bem satisfeita em como as coisas estavam acontecendo na minha vida.

Estava em um bom plato espiritualmente, psicologicamente e fisicamente. Finalmente tinha feito grandes pazes com minha auto estima.

Entretanto, o projeto começou, sai  de casa em maio, e todas as minhas seguranças e tudo o que eu achava que sabia ou que achava que era, veio por terra abaixo, como uma pequena bola de neve que logo se tornou uma avalanche.

Entenda, caro leitor, eu nem tinha percebido todas essas coisas até agora, atingindo a metade do projeto.

Tudo começou aos poucos. Primeiro me senti completamente fora do lugar em ser a única brasileira na minha equipe. Eu pensava ser muito diferente de todo mundo.
Então minha auto estima foi atingida, ao parar de fazer exercícios e comer como comia no Brasil. (Quando  você tem apenas 3 dólares por dia para se alimentar em 3 refeições, comer saudável se torna luxo e te resta os carboidratos baratos.)

Me senti muito insegura dentro do ambiente do projeto, pensando que não podia ser eu mesma. Eu era muito animada, muito dramática, muito para eles aguentarem. Até mesmo no jeito que me expresso com Deus. Estava segurando tudo desde o começo.

Finalmente, percebi neste último mês de Novembro que sou acostumada a ser amada por todo mundo. Sempre funciona. Eu tenho sucesso em amar as pessoas e agradá-las. Eles (quase) sempre me amam de volta e me querem por perto, bem perto.

Porém, as coisas não aconteceram como eu esperava no projeto. Deus permitiu que eu sentisse todas essas emoções, e me quebrou por inteira.

Depois de passar por diferentes situações, com diferentes colegas de time, ficou claro que muito da minha identidade estava ligada a minha comunidade de relacionamentos e o lugar onde cresci, e eu precisava deixar isso para trás e permitir que minha identidade esteja centrada completamente em Deus. 

Ficou claro que eu sou cheia de orgulho, e isto é apenas uma proteção das minhas inseguranças mais profundas.

Eu não sabia, mas eu sou bem privada, fechada. Eu sou super desinibida, extrovertida ao extremo, amigável, mas eu não me abro facilmente, na verdade é bem difícil me conhecer de verdade.
Por que?

Porque bem lá no fundo eu tenho medo de ser rejeitada.

Me acostumei em ser a pessoa que todos vem pedir conselhos, e não a pessoa que os pede.

E é mais fácil. É mais fácil ser fechada e independente. 
Porém, definitivamente não é o que Deus tem para nós.
Ele quer que vivamos em comunhão e que crescemos com ela.

Eu tenho medo de depender de pessoas, medo de me aproximar e me machucar. Mas eu quero crescer nos meus relacionamentos. E eu quero ter plena segurança em que eu sou em Deus.

Eu pensava que para ser psicóloga ou até mesmo uma world racer eu precisava ter tudo certo.

Entretanto, agora eu sei que só posso ser uma completamente bagunça. Eu sou uma completa bagunça, e tudo bem eu estar nesse processo e Deus tem revelado tanto. E não vai parar. Eu quero sempre estar na bagunça, porque então você sabe que é somente Deus quem pode fazer tudo, através de você e apesar de você.

Estou aprendendo tanto sobre mim mesma. Estou tentando abrir cada vez mais e mais, para meu time e minha equipe.

Estou tentando andar em liberdade, e eu sei que só posso andar com Ele.
Eu estou feliz que Deus tem feito eu andar neste processo para poder mudar e andar cada vez mais perto dEle enquanto me aproximo de outros.
Eu ainda preciso de recursos para o projeto. Muito obrigada a todas as doações que me ajudaram até agora. Para continuar no projeto eu ainda preciso de um pouco mais de $3.000 dólares.
Se você quer fazer uma doação clique no link ‘ support me’ ou doe no banco do Brasil- ag 6857-8 cc 51519-5.

Muito obrigada!!!
Feliz natal!!

Dane